Com direito a protestos antes do jogo e com direito a vaias a
Dilma e Blatter, e com um gramado muito pesado e aparentemente ruim, o Brasil
venceu os samurais azuis do Japão por 3x0. Neymar, Paulinho e Jô ficaram
responsáveis por marcar os gols do jogo.
O jogo começou com uma surpresa pelo lado nipônico: Alberto
Zaccheroni tentou surpreender o Brasil ao escalar o meia Kiyotake no time
titular ao invés do centroavante Ryoichi Maeda. A intenção era claramente
deixar o meio campo japonês mais rápido e forte contra o bom meio de campo
verde amarelo, porém, não funcionou. Logo aos 3 minutos, Marcelo fez ótimo
cruzamento para Fred, que, de peito, deu um passe preciso para Neymar,
principal estrela da seleção brasileira, acertar um lindo chute e marcar um
golaço, 1x0, para delírio de grande parte do público do estádio Mané
Garrincha.
A partir daí, a equipe japonesa parecia nervosa, errando muitos
passes no meio de campo e praticamente nula no ataque. A seleção canarinho por
sua vez marcava muito bem e contava com a velocidade de seu setor ofensivo, que
sempre foi bastante perigoso.
Hulk, bastante criticado por boa parte da torcida canarinho, quase
marcou um golaço ao fazer o que sabe de melhor: cortar da direita para
"dentro" e soltar uma bomba de perna esquerda, que passou muito perto
do ângulo, além de Fred que obrigou o goleiro Kawashima a fazer ótima defesa em
chute cruzado do atacante da seleção brasileira.
Pelo lado japonês, se esperava muito de Kagawa, Endo e Honda, mas,
apenas o terceiro teve destaque ao dar um bom arremate em cobrança de falta,
levando perigo a Júlio Cesar. Outros lances perigosos foram os cruzamentos
tanto pela esquerda quanto pela direita que o Brasil fazia e a zaga japonesa
sempre acabava se complicando.
Na segunda etapa, a seleção repetiu o que fez no primeiro
tempo: muita velocidade, marcação pressão, boa troca de passes no meio de campo
e tranquilidade para jogar.
Tais atitudes logo geraram o segundo gol brasileiro logo no começo
da segunda etapa: Após cruzamento para a área, Paulinho aproveitou a frágil
marcação defensiva e chutou de "meio voleio", Kawashima foi mal pra
bola e apesar de tocá-la, não evitou o segundo gol da seleção de Felipão: 2x0
no marcador.
Com o segundo gol, o Brasil relaxou um pouco e não correu grandes
riscos já que o Japão estava praticamente entregue.
Zaccheroni tentou deixar o time um pouco mais ofensivo ao sacar
Kiyotake, que visivelmente não estava bem e pôr na partida um jogador de área,
o atacante Maeda.
Com essa mudança o Japão passou a ter para quem cruzar á área, o
que não tinha no primeiro tempo, e o atacante levou perigo ao aproveitar um
cruzamento mal cortado e chutar sem grandes problemas para o goleiro Júlio
Cesar.
Claramente a seleção canarinho estava satisfeita com o resultado ao
trocar muitos passes atrás e assim irritar o torcedor, que passou a ficar
impaciente com tal "administração de resultado".
No entanto, quando o jogo se encaminhava para o fim, Jô, que havia
entrado no finalzinho da partida, aproveitou ótimo passe de Oscar, que fez bom
jogo, e deu números finais a partida, ao marcar o terceiro e último gol do
jogo, 3x0.
Com o resultado, Tio Phil precisará trabalhar um ponto em
específico: evitar com que sua equipe evite relaxar muito rapidamente, já que,
não dá para "dormir" em cima do resultado.
Apesar disso, sua equipe mostrou franca evolução e provas de que
sim, o Brasil está gradativamente evoluído, principalmente Neymar, o melhor do
jogo.
O Japão não ofereceu muita resistência, mas, outra seleção mais
rica física e tecnicamente pode complicar o time de Scolari. Pelo lado
nipônico, fica o alerta: não dá para jogar atrás, com medo e apenas esperando o
resultado, além da equipe precisar de uma atuação melhor de Shinji Kagawa, o
seu principal jogador.
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