Fala galera! Salve salve famintos por bola!
Como entender a decadência técnica de um time que realiza um segundo semestre de 2013 tão bom, surpreendendo em duas competições nacionais? Como entender o porque da bagunça interna, feita por birra da diretoria com alguns líderes do elenco?
Hoje falarei sobre a primeira eliminação brasileira da Taça Libertadores da América: O Furacão, assim como 2002, parou na fase de grupos da competição sul-americana.
A campanha do Furacão na Taça Libertadores foi emblemática e deixou a desejar. Se considerarmos os jogos mais difíceis, o rubro-negro não pontuou em nenhum, haja visto que foi derrotado em casa e fora pelo Vélez Sarsfield, time mais forte do grupo, e ontem, foi eliminado pela derrota na altitude de La Paz, por 2-1, contra o The Strongest, que após 20 anos, voltou à fase de mata-mata da competição.
Se formos considerar o nível do grupo, apenas as vitórias sobre o fraquíssimo Universitário (PER), mantiveram o time esperançoso, porém a total irregularidade de alguns jogadores, incompetência do inexpressivo treinador espanhol Miguel Ángel Portugal e atos inexplicáveis do presidente Mário Celso Petraglia, resultaram numa eliminação já avisada, por todos os erros citados.
Primeiramente, o fraco desempenho de jogadores como Mirabaje, Cléberson, até mesmo o artilheiro do último Brasileirão Éderson, tiveram atuações ruins ao longo da competição, não mostrando qualidade para levar o time para o mata-mata. Alguns jogadores, especialmente Mirabaje e Bruno Mendes, mostraram-se sem condições alguma de serem importantes numa competição tão dura e diferenciada como a Libertadores.
Mirabaje não agradou e é bastante criticado pela torcida atleticana. |
É claro que, no campo, são os jogadores que atuam e se a campanha é ruim, acabam tendo sua parcela de culpa, direta ou indiretamente. Porém, quando a agremiação é mal escalada e mal armada dentro de campo, o treinador acaba tendo sua GRANDE parcela de culpa. Desde a chegada, substituindo o técnico que tanto sucesso fez em 2013, Vágner Mancini, Miguel não apresentou um trabalho satisfatório.
De fato, mostrou-se arrogante e fraco para armar um time taticamente. Como provar? As escalações precipitadas e sem nexo algum do time em alguns jogos da Libertadores, optando por peças duvidosas ao invés das certas e naturais. Tudo bem que a lesão do excelente atacante Marcelo prejudicou os planos, porém, escalar a equipe de uma forma decepcionante e em suas declarações, culpar os jogadores e não assumir seus próprios erros, é algo que lembra demais quem comanda a instituição Clube Atlético Paranaense... Talvez, por isso, Petráglia identifique-se tanto com o fraquíssimo técnico espanhol.
Vágner Mancini deixou o CAP após a excelente campanha feita no clube. |
Petraglia não entra em campo para jogar, não escala o onze inicial, mas é ele quem contrata, dispensa e literalmente tumultuou um ambiente que tinha tudo para chegar unido e surpreender na Libertadores. Não digo semifinal, tampouco título, mas fazer uma campanha que deixasse seu torcedor orgulhoso, como deixou em 2013, com o vice da Copa do Brasil e a 3º posição no Campeonato Brasileiro.
A saída conturbada de Vágner Mancini e Paulo Baier do Furacão, Léo e Everton indo para o Flamengo e a chegada de jogadores contestados e a contratação de um técnico que já pisou em Curitiba odiado pela torcida, fez com que 2014 começasse completamente diferente de como terminou 2013. Ora, porque mexer no time que está ganhando, ou seja, porque tumultuar um ambiente positivo?
Não nos esqueçamos: Na época da escola, quem tumultua e faz bagunça é chamado de mal-criado e irresponsável. Irresponsabilidade foi o que Petraglia teve. Não só ele, mas Portugal foi irresponsável ao escalar mal e não ser humilde de juntar-se ao grupo, ao invés de criticá-lo e abandoná-lo na responsabilidade pela derrota. Junte a isso, a irresponsabilidade dos jogadores dentro de campo, pelas fraquíssimas atuações, até mesmo quando venceu.
Mário Celso Petráglia. Escolhas erradas, eliminação precoce. |
A bem da verdade é que o arqueiro Weverton jogou demais nessa Libertadores, tentando evitar o que acabou por ser inevitável. Em 2014, por enquanto, ninguém merece mais aplausos e homenagens do que Weverton no CAP. Se não fosse ele, a casa teria desabado antes mesmo da fase de grupos...
Para o torcedor, basta esperar o início do Brasileirão, sendo que pela punição sofrida pela briga canibal da última rodada do Brasileirão 2013, entre torcidas de Atlético-PR e Vasco em Joinville, o time só jogará "em casa", em Setembro. Que hajam mudanças para uma boa campanha, pois bons jogadores existem, como o próprio Adriano, que voltando a dedicar-se pode ser importantíssimo.
Porém, se as coisas continuarem desunidas e desligadas, a campanha tende a ser tenebrosa. Infelizmente, pelo potencial que o Furacão demonstrava ter no fim de 2013.
Miguel Ángel Portugal não faz uma boa campanha no Atlético-PR |
Torcedor, responda: Que pasa, Atlético?
Creio que o principal problema do CAP seja o técnico. Após a venda do Edershow pro Flamengo, o ataque decaiu muito e a responsabilidade ficou com quem? Nenhum experiente... Foda
ResponderExcluirMuito boa leitura. Infelizmente o novo treinador, apesar de ter sido contratado 20 dias antes da pré Libertadores, desconstruiu tudo que o Atlético tinha de forte no ano passado. Em 2014 viramos um amontoado que tinha como unica virtude a vontade. A queda na fase de grupos foi tomando forma desde Janeiro, mas as vaidades falam mais alto no Atlético.
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