Salve salve galera!
Mais de um mês após o traumático vexame sofrido perante a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo realizada em nosso país, não é novidade você ler, ouvir, falar que: Ainda dói!
Porém, não quero relembrar aquela fatídica partida apesar da imagem inicial e do título deste texto. Quero falar sobre uma questão de identidade, de cultura, nada que a imprensa entupiu falando sobre a disciplina alemã, porém alguns conceitos, alguns fatos que são verdadeiros para a grande maioria dos que acompanham o esporte bretão.
Uma das questões levantadas por muita gente, era se a verdadeira seleção brasileira para essa Copa considerando-se a geração, era exatamente essa que foi convocada pelo Tio Phil Scolari, devido às questões técnicas e opcionais.
Nessa seleção não haviam jogadores com maturidade o suficiente para segurar a barca, principalmente após o baque de enfrentar a poderosa seleção alemã sem Thiago Silva, o capitão, e Neymar, o craque. Por isso, fica a pergunta: Será que Kaká, Robinho, Luis Fabiano, entre outros jogadores que estiveram na última Copa do Mundo, poderiam ter sido levados pela experiência no Mundial da África do Sul, ao invés da juventude de Oscar, Neymar & Cia?
O problema é que a questão não é essa. Scolari até poderia convocar os três, já que Jô, Bernard e William, esse pela total inexperiência em chamar a responsabilidade num momento tão crítico, foram abaixo do esperado. Mas era o grupo fechado... Tio Phil confiava neles!
Mas porque o grupo era fechado? Exatamente por questões de cultura e total indisciplina!
Perdemos uma geração que tinha: Robinho, Alexandre Pato, Paulo Henrique Ganso, Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano... todos eles juntos. Kaká e R10 são os que incontestavelmente possuem momentos brilhantes da carreira que jamais serão esquecidos.
O brasileiro, independente de vir em uma família de Classe Média alta ou baixa, aprende desde novo que o mundo não é um grande arco-íris, apesar de existir os "vida mansa". Alguns batalham, lutam arduamente para conseguir o mínimo de dignidade após tanto suor derramado debaixo de um sol impiedosamente quente; Outros, aprendem a ser malandros e usar o "jeitinho brasileiro".
Quem usa o jeitinho brasileiro?
Ora, o aluno que pede 0,5 para o professor passá-lo de série na escola, sem antes passar pela recuperação... Ou o guri que rouba os pais em casa, escondido, para alimentar o seu vício nas drogas e no álcool... Não se esqueçam de quem não compra ingressos de forma legal e teima em pagar de bonitão no estádio, quem fura a fila preferencial porque não aguenta esperar em sua fila normal em bancos, shows e etc...
Hoje, vemos no futebol brasileiro exemplos da "Geração Jeitinho Brasileiro", ou "Geração Não tô nem aí", como jogador que paga de galã para torcedoras, mas não joga nada faz meses e meses... Ou, quem vive de passes pra gol para ostentar o "STATUS DE GÊNIO", quando não passa de um PROMISSOR bom jogador, com potencial pra craque.
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Pato e Ganso. Mais status do que bola? |
Mas ta valendo né? Afinal de contas, quem vai contestar o camisa 9 que resolveu o jogo na rodada retrasada, mas não vem jogando nada desde então? Ah, a torcida continuará chamando-o de ídolo, craque, incontestável por ganhar milhões por ano e fazer crescer ainda mais a ilusão dos torcedores apaixonados, que tiram de onde não tem para apoiar o time.
Retratos de uma geração de jovens e adolescentes, NÃO SÃO TODOS, mas que em sua grande maioria, não quer absolutamente nada. "Ah, pra quê trabalho, pra que faculdade, eu só quero viver pra saber quando será o próximo show da Anitta, da Justin Bieber, da Demi Lovato..."
Não digo que o problema é unicamente brasileiro, mas nesse texto não quero abranger todas as culturas, mas que a nossa é danificada já em sua natureza, isso é notório. O problema é de identidade, pois os próprios jogadores brasileiros não são reconhecidos lá fora, onde até os colombianos e chilenos, são mais valorizados e respeitados. Perdemos mercado, perdemos reconhecimento. Resultado disso, ganhamos um vexame inesquecível para quem estava vivo naquele 08 de Julho de 2014.
Além disso, o problema não é só na identidade dos jovens, mas na identidade do povo. Em sua rica e vitoriosa história, a seleção brasileira sempre foi conhecida por ter o melhor futebol do mundo, com craques que eram temidos e respeitados por todos os times, jogadores e seleções. Desde Leônidas a Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká...
Hoje, pós 7-1, as críticas pelo mundo são de quem ainda não acreditou no que aconteceu naquela tarde no Mineirão. Os jogadores que eram idolatrados e respeitados, tiveram a máscara caída. Ora, como se explica um matador nato como o Fred, ter feito o Mundial tenebroso que fez, fazendo atuações horríveis dignas de um Dimba em tempos de Flamengo?
A questão é a cabeça. Desde antes da Copa do Mundo, Fred já era contestado em seu clube. Muitos torcedores inclusive, defendiam a titularidade de Walter, mesmo com o camisa 9 sendo o titular da seleção canarinho, sem contar a Copa das Confederações feita por ele. Passou-se a Copa, o vexame, e Fred vive um inferno astral.
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Fred. O camisa 9 do Brasil na Copa vive um inferno astral melancólico. |
Alguns dizem que ele é um enganador. Não concordo! Na minha opinião, Fred vive um problema de cabeça, como boa parte da seleção viveu na Copa, e nós tanto enaltecemos em prol do verdadeiro problema, que era técnico e principalmente tático.
Concluindo, digo que o povo brasileiro vive um problema de identidade como um todo e como o atleta, o jogador de futebol não pode ser retirado do povo, pois ele está incluído na sociedade, assim como tem corrupto, mal caráter, safado e enganadores em todos os seguimentos da sociedade, também temos tudo isso no meio futebolístico. Isso não é novidade, é uma pena que os bastidores não podem ser expostos...
Coitados de nós, torcedores e fãs de futebol. Fica a pergunta: Quando vai parar de doer o 7-1?
E sim! Todos os dias sinto-me mal ao ver esses jogadores de mídia, ao invés de ter visto Zico, Júnior, Falcão, jogando com verdadeiro amor a camisa!
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