quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Analisando a super final mineira: Um show de movimentação ofensiva do Galo doido



Fala galera!

Hoje começa a sensacional final da Copa do Brasil, entre Atlético-MG x Cruzeiro. Pela primeira vez na história, os dois maiores times de Minas Gerais realizam uma final nacional e logo num momento que favorece totalmente a excelente fase dos dois times.

O Brasil volta os seus olhos para a capital mineira, que está parada para acompanhar a "Mãe de todas as finais".


Atlético e Cruzeiro possuem times rápidos, de muita movimentação ofensiva e que sempre jogam em busca do gol. O alvinegro conquistou duas vitórias memoráveis e lendárias contra Corinthians e Flamengo por 4-1, revertendo uma vantagem que chegou a 0-3 no agregado.

Com a força da massa, somada a fé e a pressão enorme em ambas as partidas jogadas no Mineirão, o Galo chega a final muito motivado e embalado, principalmente por enfrentar o maior rival na final, podendo coroar essa campanha de forma simplesmente épica.

Sem contar, a possibilidade de poder carimbar a faixa do provável campeão brasileiro desse ano. Tudo bem fera, mas como o Galão da Massa tem jogado sob o comando do excelente técnico Levir Culpi?

Levir Culpi arma o Atlético com muita ofensividade, lembrando o time campeão da Libertadores com Cuca.


Depois de ver o time sofrer com lesões e ter que achar um esquema ideal para poder manter-se na briga pelo G4 e, ao mesmo tempo, ir longe na Copa do Brasil, podemos dizer que Levir usa uma versão 2014 da tática "Galo doido", utilizada por Cuca na Libertadores do ano passado.

Josué, Pierre e Leandro Donizete se revezam como primeiro homem do meio campo, deixando Dátolo mais avançado no setor. Falando nisso, o argentino reencontrou o bom futebol que demonstrava no Boca Juniors, após um período mal sucedido no Internacional.

Sem Guilherme, o time perde qualidade nos passes mortais e uma referência ofensiva. Ele não é um Ronaldinho, mas quando resolve jogar o que sabe, faz toda a orquestra girar e funcionar de forma implacável, com o time jogando por música. 

Como ele é desfalque, o "mago" Maicosuel assume a vaga. Incisivo e com boa finalização, o ex-jogador do Botafogo não tem a qualidade de Guilherme, mas ajuda e muito na movimentação ofensiva, caindo pelos dois flancos e, como no confronto decisivo no Mineirão contra o Flamengo, aparece na área para finalizar como um centroavante.

Maicosuel vem substituindo Guilherme, mas também se movimenta com muita velocidade.


Se em 2013 havia Bernard, nesse ano há Luan. O menino maluquinho é aquele jogador chato de se enfrentar. Baixinho, corre o campo todo com muita velocidade e que, assim como Maicossuel, aparece na área para finalizar. Não pense que o tamanho dele atrapalha, muitas vezes ajuda traindo a marcação que não o acompanha. Contra Bahia (Brasileirão), Corinthians e Flamengo, apareceu bem na área, marcando gols; O último, que deu a vaga para a inédita final.

Sem esquecer o menino Carlos, revelado pelas categorias de base do clube e que estreou em clássicos marcando por duas vezes no Brasileirão, em vitória por 3-2. Ele sabe finalizar e também participa dessa movimentação ofensiva do GALO. Com a indisciplina técnica e profissional de André e Jô, a prata da casa foi um elemento importante e que promete muito para o futuro atleticano.

E claro, não poderíamos analisar a ofensividade do Atlético, sem falar de Diego Tardelli. Vivendo um momento muito positivo no clube onde é ídolo, virou titular na nova seleção brasileira treinada por Dunga, marcando inclusive dois gols no "superclássico das Américas", em Pequim.

Raramente guarda posição e se movimenta bastante, muitas vezes, orquestrando toda essa engrenagem ofensiva com assistências e, claro, gols importantes. Mas Tardelli não é apenas um jogador importante no esquema, o mais perigoso. Ele é um líder, aquele que os jogadores procuram nos momentos mais difíceis, ou quem tranquiliza quando há o perigo.

Porém, ele ainda não marcou pela Copa do Brasil. Deve uma atuação de grande quilate na competição. Será que ela virá na finalíssima contra o maior rival?

Luan e Diego Tardelli. Uma dupla decisiva para o GALO.


Esse quinteto costuma causar estragos, como causou contra Corinthians e Flamengo, sem contar outros resultados pelo Brasileirão, onde o time de forma desapercebida saiu do meio da tabela e entrou no G4.

Para enfrentar um Cruzeiro que é consistente defensivamente e que possui um contra-ataque fatal, o time precisará ser eficiente, sufocar o adversário. Tarefa fácil? Longe disso.

O Atlético joga, pressiona, sufoca, mas deixa jogar. Ao ceder o contra-ataque, sofre, como sofreu contra o Flamengo na ida, na jogadaça de Gabriel que originou o segundo gol, marcado de pênalti por Chicão, e na volta, no belo gol de Éverton.

Ambas jogadas de contra-ataque, que nasceram após a pressão exercida pelo Galo. Além disso, com uma defesa alta e a velocidade dos atacantes do Cruzeiro, será um perigo ver a defesa com Jemerson, que falhou no gol de Paolo Guerrero nas quartas de final, encarando a rápida e rasteira linha de frente azul.

Não podemos esquecer de Marcos Rocha, lateral com uma ótima força ofensiva descendo pelo seu flanco direito, com cruzamentos perigosos e com um recurso interessante: Lateral cobrado para dentro da área, com força e precisão. Veloz, habilidoso e eficiente. Na minha opinião, poderia ter tido mais oportunidades na seleção brasileira.

E você, leitor? O que acha de toda essa força ofensiva do Galo doido? Comente, sô.

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